Assim na Terra, como no céu...
“Temos que saber que tudo que vier tem uma direção espiritual...”

De crise financeira, de seus detalhes e motivos confesso não ser expert.
Porém, diante desse estado de coisas, me peguei refletindo se essa crise não seria um tipo de “ação cósmica”, orquestrada desde as esferas celestes com o objetivo de fazer o que nós humanos deveríamos estar fazendo e que, mascarados ou engolidos pela ganância, poder, consumo, etc., não conseguimos nem mesmo enxergar!
Explico: me parece que estas perdas todas, apesar de imensas numericamente, têm sua origem, segundo os entendidos, em erros financeiros grosseiros, até mesmo banais como por ex., não verificar se quem pede um financiamento tem lastro para pagá-lo!!
Ou um diretor financeiro gabaritado numa grande empresa, especular com o dólar tão ingenuamente quanto uma criança esperando ver o Papai Noel numa crença quase cega!!!
Racionalmente, ninguém esperaria tais atitudes dessas instituições! Talvez isso não seja só um mero acaso!
Não seria esse um “acerto” do mundo superior, no sentido de, defínitivamente tentar distribuir melhor as riquezas, nivelar mais justamente as nações e as pessoas?
Filosoficamente se diz que tudo que acontece na Terra acontece no Céu e vice-versa e que o ser Humano é o microcosmo do macrocosmo e assim por diante...
Se isso for verdade, deve estar acontecendo uma “balbúrdia”, uma guerra sem precedentes “lá por cima”, cujas conseqüências estamos sentindo “aqui em baixo”.
Arcanjo Micael, cuja responsabilidade é de defender nossa época, deve estar travando batalhas imensas e deve estar ganhando, pois jamais se ouviu dizer que os sete ou os vinte países mais ricos do mundo precisam, se quiserem sobreviver, se unir verdadeiramente e desenvolver ações coordenadas, um apoiando o outro, eu diria, “sem choro nem vela”.
Será que isso já não era para ser assim?
Será que a justiça, a solidariedade e outras virtudes, ditas humanas, já não deveriam fazer parte de nossa condição humana? Estaríamos atrasados em nosso IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) como humanidade?
Se realmente somos observados de perto pelos deuses, será que eles não resolveram aplicar-nos um corretivo? Um puxão de orelhas para tentarmos acordar nossa consciência para o outro e para a Natureza?
Sim, será que a natureza poderá se beneficiar dessa crise? Se a economia gira em torno da oferta e da procura, certamente o consumo deverá cair, obrigando as indústrias a fabricar menos e poluir menos, ou não?
Certeza mesmo nós não teremos, mas de tempos em tempos acontecem historicamente, eventos que lembram esses “reajustes divinos”. Penso que não é motivo para nos envolvermos num clima apocalíptico de desespero e ausência de perspectiva, a lição é bem outra:
Talvez equalizarmos melhor nossas disposições para garantirmos vida de qualidade que inclui sim abundância, mas não somente material, tecnológica; abundância de bons sentimentos e propósitos e, especialmente, de solidariedade que talvez ainda não seja bem compreendida equivocando-se com paternalismos e obrigações. A essência da solidariedade consiste em ver o outro como um espelho de si mesmo, com luzes e sombras, mas com uma avidez incrível por amar e ser amado.

Dra. Elaine Marasca Garcia da Costa é médica Pneumologista com formação em Antroposofia/Biografia Humana. Mestre em Ciências da Educação. Docente/coordenadora do curso de pós-graduação - Antroposofia na Saúde. Presidente da Liga dos Usuários da Medicina e Terapias Antroposóficas. Diretora Clínica do Lucas Terapeuticum D. H.
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